quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Woodstock: uma expressão na moda

Por Alessandra Diamante Buregio

O festival de Woodstock de 1969, ditou moda que repercute até os dias atuais. Woodstock influenciou milhares de pessoas a adotar o visual hippie como forma de comportamento, contestação e atitude. Em 1969 o estilo hippie teve a sua maior exposição global com Woodstock, festival que tem sua memória viva, que completa 30 anos.
São 30 anos que o estilo hippie é adotado como moda sempre em alta tendenciosa em qualquer estação do ano. É uma moda que nunca sai de uso e que sempre faz remetir à sua época que foi lançada, consequentemente Woodstock.
Em Woodstock, a moda deu um salto, os primeiros hippies contraculturais rejeitavam o consumismo e olhavam para o Oriente como inspiração religiosa. A devoção a culturas e religiões exóticas foi absorvida também nas roupas. O Oriente exerceu influência e sedução e sob forte inspiração étnica, ciganas, túnicas indianas, estampas florais e símbolos da paz se misturavam ao básico americano, como o jeans e a camiseta.
O domínio foi do “Flower-Power-Hippie” onde os jovens vestiam jeans bordados de flores, pantalonas tipo “Oxford” e saias longas vaporosas até o chão.
Os hippies valorizam o artesanato, a onda do feito à mão valorizou tinturas especiais como o “tie-die” e os trabalhos de “patchwork”. Os sapatos e bolsas tinham aspectos artesanais, próprios de culturas não industrializados. A admiração pelo artesanato manual rende bem até hoje nas feiras hippie como na conhecida feira em Ipanema aos domingos no Rio de Janeiro.
O grande lema da contracultura “Faça amor não faça guerra” influenciou ditando moda. Entre túnicas batik, micros e maxi saias, o jeans surrado e cheio de enfeites era soberano de preferências.
A onda do anti-consumismo deixou os cabelos crescerem em desalinho. Moços e moças usavam os cabelos longos, repartidos ao meio com ar angelical. Os hippies elegeram os brechós como alternativa para agregar ao visual, lembranças nostálgicas dos anos 20 e 30, como os chapéus desabados, veludos e estolas de pluma que viravam manias e muito copiados quando Janis Joplin ou Jimmi Hendrix usavam. Os cantores eram grandes difusores e ditadores da moda.
Para as mulheres, a moda passou a ser romântica e despojada, com cabelos desalinhados, saias longas ou curtíssimas com inspiração indiana, batas e estampas florais ou multicoloridas.
A roupa masculina deixou de ser formal e ganhou toques coloridos e psicodélicos (influência do uso da droga ácido). Próxima ao corpo, tem lapelas largas nos casacos e calças boca-de-sino. As camisas ganham estampas florais inspiradas em ídolos do rock psicodélico. Esta década transformou a roupa masculina, deixando-as mais coloridas e estilizadas.
A moda nessa época tinha uma silhueta romântica, sonhadora e natural. A estética era da flor e do amor. A característica básica dessa moda foi o uso da cor.
Importante enfatizar que introduziu o estilo unissex e seu gosto pelo colorido estava associado à cultura psicodélica. As roupas eram, em geral, estampadas e faziam alusão aos símbolos do movimento paz e amor, além de flor e motivos orientais.Woodstock foi um acontecimento histórico muito importante para moda, onde são usados muitas de suas referências e nas passarelas brasileiras como os vestidos até os pés e a volta das calças com boca larga são uma referência da década de 60. A moda é expressão e atitude e Woodstock é um dos maiores símbolos de movimento de uma geração e por isso a moda hippie foi e continua sendo destacada na história de costumes

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