domingo, 7 de dezembro de 2008

Woodstock - Três dias de Paz, Música e Amor

Documentário acompanha o evento desde a montagem dos palcos até a finalização do evento

Por Cristiane Cunha, Fernanda Tirre, Juliana Trajano e Rodrigo Araújo

O Festival Woodstock tomou proporções gigantescas, que nem os próprios produtores tinham idéia da dimensão. Mas para nossa sorte, para que pudéssemos presenciar de certa forma essas cenas e essa adrenalina, existia uma equipe filmando todo o evento, inclusive as cenas de amor e uso de drogas. O resultado foi um ótimo retrato sobre a juventude da época - o que pensavam e como se comportavam.
O filme “Woodstock – Três dias de Paz, Música e Amor”, dirigido por Michael Wadleigh, foi lançado um ano depois do evento, mas não trazia músicas de todos os presentes no festival. Algumas das ausências mais sentidas foram as de Janis, Creedence e Johnny Winter. Mesmo assim, o filme tornou-se um marco por tudo que apresentava.
O Filme foi ganhador do Oscar da Academia, pois retratou muito bem, com imagens, som e vídeos exclusivos do festival. Além da originalidade, mais de 40 minutos inéditos foram incorporados ao filme, que mostrou uma época e uma geração que o mundo inteiro teve a oportunidade de ver, mas que somente alguns viram tão de perto. O documentário acompanha o evento desde a montagem dos palcos até a finalização do evento. Existem várias entrevistas como a com o chefe da polícia e habitantes da pequena localidade onde ocorreu o festival, o dono da fazenda onde aconteceu o evento, jovens assistindo o concerto, funcionário responsável pelas casas de banho, entre outros.
Uma versão do diretor foi lançada em 1994, acrescentando algumas músicas que não constavam no original, inclusive trechos da apresentação de Janis Joplin. No mesmo ano foi lançado um especial de televisão chamado Díário de Woodstock, em três partes, com pelo menos uma música da maioria dos artistas e bandas que se apresentaram. No Brasil, foi lançado em 3 DVDs separados, vendidos em banca.
Algumas cenas. como a de consumo de drogas, estão presentes no documentário. O consumo de drogas no festival foi muito questionado e visível no filme. As pessoas estavam entregues, algumas faziam sandices, estavam completamente loucas. Esse tipo de acontecimento está presente até hoje nos festivais e shows de rock em toda parte do mundo. O sexo também estava presente em Woodstock, e a maioria das pessoas estava transtornada pelo uso dessa química. Esse assunto algumas vezes deixa de ser compreensível, pois num festival daquele porte, com toda adrenalina do evento, com pessoas vibrando com a música, com todas essas sensações, por que recorreram a estímulos químicos e artificiais? Algumas questões são difíceis de serem explicadas, mas por incrível que pareça, Woodstock foi um evento calmo para o seu tamanho, apenas três mortes foram divulgadas ao fim do evento, mas também três nascimentos foram registrados.
Outras cenas marcantes foram mostradas e que nada tinham de bonitas para serem apreciadas. A falta de comida, condições sanitárias precárias, quase inexistentes, perdas de bens, amigos etc. Apesar disso tudo, não foi comunicado nenhum crime violento na região e nenhum caso de roubo ou invasão a domicílios nas casas vizinhas. A ação da polícia limitou-se à apreensão de drogas e pequenos casos, somente. Com esses acontecimentos, muita coisa pode ser aprendida. As pessoas tiveram a oportunidade de aprender o verdadeiro significado das palavras: dividir, ajudar, considerar, respeitar.
Durante quatro dias, o local se tornou uma mini-nação contra-cultural, na qual as mentes estavam abertas, drogas eram o que havia de mais legal e o amor era "livre". A música começou na tarde de 15 de agosto, sexta-feira, às 17:07h e continuou até a metade da manhã do dia 18 de agosto, segunda-feira. O festival fechou a via expressa do Estado de Nova Iorque e criou um dos piores engarrafamentos da nação. Mas tudo valeu a pena.
Confira o traller do filme:


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