terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Entrevista exclusiva com o Grupo Abraxas

Há 4 anos o grupo toca canções de Santana
Por Carolina Rocha

O festival de Woodstock provocou diversas reações na geração de 69. Mudanças de estilo, de preferências, de visão de mundo etc. Mesmo depois de quarenta anos do maior festival cultural do mundo, os jovens ainda se deixam tocar pelas influências do estilo peculiar daquela multidão presente nos três dias de festa. Bandas antigas, com até 30 anos de existência e, também, bandas recentes, prestam tributo aos artistas de Woodstoock.
Há apenas quatro anos, o grupo “Abraxas” toca músicas do cantor Carlos Santana, que se apresentou com sete músicas no segundo dia do festival. O repertório foi um sucesso e fez todo mundo dançar. O grupo, formado por Scott Norris (americano), no vocal e guitarra elétrica; Eddy De La Fuente (mexicano), como lead vocal e percussão; John Vanwagoner (americano), vocal e bateria; Jorge Gonzalez (americano), Ricardo Romero (americano) e Gonzáles (mexicano) na percussão, tocando conga, timbales e bongô; Scott Dorton (canadense), voz e teclado; e Joseph Androsky (americano), no contra baixo.
Conseguimos uma entrevista exclusiva para o BLOOGSTOCK, com o vocalista Scott Norris, que fala sobre sua carreira e a influência de Carlos Santana na banda e na vida de seus fãs.

Bloogstock: Por que uma banda de tributo a Carlos Santana?

Scott Norris: Ele é meu guitarrista favorito. Eu ficava pela casa tocando suas músicas e um dia minha esposa disse que eu deveria formar uma banda que tocasse “Carlos Santana”. E foi o que fiz. Também porque a música de Santana não tem época, toca o coração e a alma de todos.

Bloogstock: Quantos shows, em média, a Abraxas faz por mês?

Scott: Normalmente, temos quatro shows por mês. Mas a maioria deles é fora da cidade, então viajamos de dois a três dias. Voando até cidade do show, tocando, voando de volta... gasta tempo. No verão, o número de shows aumenta.

Bloogstock: Qual o perfil do público da banda?

Scott: São pessoas de oito a 80 anos, de todas as raças e nacionalidades, que vem nos assistir e curtir muito o nosso show. A música de Santana toca todas as pessoas e culturas de todas as épocas. Achamos que isso é uma coisa incrível!

Bloogstock: Por que ABRAXAS para batizar a banda?

Scott: Esse foi o segundo álbum de Santana (ao lado) e o meu preferido. Esse e muitos outros títulos de seus vários álbuns foram escolhidos por bandas de tributo a esse artista.

Bloogstock: Por que vocês se consideram a melhor banda de tributo a Carlos Santana?

Scott: Atualmente nós somos a melhor. Sabemos da existência de mais dez grupos que fazem um trabalho como o nosso. Mas a maioria apenas toca as músicas de Santana, mas poucos expressam o sentimento de Carlos Santana, e, mesmo que sejam excelentes músicos, não basta ser bom para tocar Santana. A Abraxas conta com um guitarrista principal, três percussionistas, um baixista, um baterista, um tecladista, além de seis cantores como apoio vocal. Muitas outras bandas de tributo têm apenas um percussionista e é preciso de, no mínimo, três para tocar o som verdadeiro de Santana. Nós “fazemos Santana” do início ao fim do show. Tocamos suas músicas exatamente como ele as tocava. Tentamos imitar sua banda de forma perfeita. E, sei que fazemos um bom trabalho porque o público diz que pensa estar ouvindo o próprio Santana... e soa como música para nossos ouvidos.

Bloogstock: Vocês já tiveram algum encontro com este ídolo da música?

Scott: Infelizmente, não, apesar de várias tentativas. A última foi no dia 04 de outubro deste ano, em Las Vegas, depois de sua apresentação. Mas a produção disse que ele estava muito ocupado para me receber. Continuo tentando, até porque além de ídolo, ele é meu mentor. Posso tocar mais de 100 canções de Santana, sem cansar e com muito amor!

Bloogstock: Uma mensagem para os fãs de Carlos Santana aqui do Brasil.

Scott: Carlos dedicou muito de seu tempo tentando romper a barreira entre as pessoas e culturas. Ele acredita em paz, amor e compreensão, e isso é verdade! Santana acredita que somos todos iguais. É um homem nobre e merece ser honrado, tanto quanto sua música e o que ela representa para todos nós - Paz e amor...

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