sábado, 6 de dezembro de 2008

Woodstock e o sentimento de liberdade

Por Tatiane Duarte, Maíra Lydia e Danilo Marinho
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“Três dias de paz e música”. Foi com esse slogan que quatro jovens idealizaram e realizaram um dos maiores eventos culturais de todos os tempos. Woodstock dividiu opiniões e chocou a sociedade hipócrita e conservadora do final da década de 60. O festival representou um marco no tempo e abriu caminhos para a liberdade que todos nós temos hoje.
A idéia dos jovens revolucionários Artie Kornfeld e Michael Lang, patrocinada por outros dois jovens milionários, John Roberts e Joel Rosenman, alvoroçou o mundo, em uma época onde não havia internet e nem os meios de divulgação atuais. Apostando na força da juventude e na sede de liberdade, esses quatro garotos americanos, completamente avessos a cultura do capitalismo que se instaurava fortemente no país, realizaram o “Festival de Woodstock”.
Foram três dias de amor livre, muito rock e drogas liberadas. Em um primeiro momento, analisando o conceito do festival, muitas pessoas consideraram uma idéia subversiva e absurda, principalmente a liberação do uso de drogas, o que rendeu uma enorme polêmica e esfregou na cara de todo o mundo uma realidade que a sociedade insistia em esconder.
Muito mais do que o amor livre, Woodstock incentivou a troca do sentimento de amor entre os seres humanos, clamando por pessoas mais solidárias e piedosas, implorando pelo fim das guerras. O clima psicodélico incentivou o uso das drogas, não como uma forma de entorpecer, mas sim para aguçar os sentidos, de levar os sentimentos mais puros de cada um à flor da pele.
A maconha, o haxixe, o LSD, o ópio, entre diversas outras drogas, fizeram a cabeça de todo o público do festival, promovendo cenas de harmonia e paz, jamais vistas, num cenário com 500 mil pessoas, nenhuma morte e sem registro de violência. A idéia de cada um não era apenas “entrar em um barato”, muito mais que isso, o desejo de liberdade de expressão pairava no ar e no olhar de cada um, de cada mulher que ansiava por direitos iguais e de cada homem que se recusava a lutar na guerra por ideais em que não acreditava.
A ânsia pela liberdade levou os jovens de Woodstock à pratica do amor livre e do sexo sem culpa, além do uso de drogas em larga escala, principalmente alucinógenas. Essa combinação representou a luta contra a hipocrisia, contra as ditaduras que reinavam em diversas partes do mundo, contra os preconceitos raciais, contra a desigualdade social e contra a voracidade do capitalismo.
Muitos caminhos foram abertos, mas infelizmente, as gerações que se seguiram deixaram a essência da liberdade de expressão se perder nas marcas dos carros, das roupas, no luxo das casas e no preço da vida. O Festival de Woodstock aplaudiu a beleza interior de cada um, com uma trilha sonora de arrepiar, jamais foi reunida novamente.
Talvez muitos daqueles jovens tenham morrido vítimas dessa liberdade desesperada, mas para que nós hoje pudéssemos, mesmo em meio à hipocrisia das leis, ter uma liberdade moderada, eles precisaram se sacrificar e dar tudo de si, todo o amor, a loucura, a paixão, a solidariedade e toda a idéia de paz que seus corações conheciam.Viva cada um que esteve lá e contribuiu para essa revolução! Viva os idealizadores! Viva o público e os grandes músicos que subiram nos palcos, cantaram, tocaram e gritaram com toda a garra que tinham dentro de si pela libertação da mente do mundo!

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